​A própolis verde brasileira tem sido objeto de estudos científicos devido às suas potenciais propriedades cardioprotetoras e neuroprotetoras. Uma pesquisa realizada na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) investigou esses efeitos em um modelo de parkinsonismo induzido por 6-hidroxidopamina em ratos.​

Objetivo do Estudo

O estudo teve como objetivo avaliar os impactos da administração de própolis verde nos parâmetros cardíacos e na degeneração de neurônios dopaminérgicos em ratos com parkinsonismo

Metodologia

Ratos Wistar foram submetidos a uma lesão induzida por 6-hidroxidopamina no estriado para simular o parkinsonismo. Após a indução, os animais foram divididos em grupos que receberam própolis verde por gavagem durante 40 dias e grupos controle que receberam apenas água.

Principais Resultados

• Parâmetros Cardíacos: Os ratos com parkinsonismo apresentaram redução na frequência cardíaca e na variabilidade da frequência cardíaca em comparação aos controles. A administração de própolis verde resultou em aumento significativo desses parâmetros, sugerindo um efeito cardioprotetor.​

• Neuroproteção: A própolis verde atenuou a morte de neurônios dopaminérgicos na substância negra e reduziu a degeneração das fibras no estriado, indicando uma ação neuroprotetora.​

• Ganho de Peso: Os animais tratados com própolis verde apresentaram ganho de peso significativo em comparação aos que não receberam o tratamento.​

Conclusão

Os achados sugerem que a própolis verde brasileira possui efeitos benéficos na proteção cardíaca e neuronal em modelos experimentais de parkinsonismo, indicando seu potencial terapêutico para doenças neurodegenerativas.

Referência

Gonçalves, V. C. (2019). Avaliação dos efeitos da própolis nos parâmetros cardíacos e nos neurônios dopaminérgicos no modelo de parkinsonismo induzido pela 6-hidroxidopamina. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de São Paulo. Disponível em: